Um governo pode dispor geralmente de dois tipos de exércitos. Um do Estado e outro mercenário. Os mercenários são pessoas contratadas para servir ao interesse de quem o contrata. Não é o governo que o contrata, mas a pessoa que está em um cargo. O exército pago, dá a vida por quem o contratou e o mantém na folha de pagamento. Não se engane que toda a sana de vencer advém da vontade de derrotar os inimigos do Estado, para o exército pago, o inimigo sempre será aquele que pode tirar o pagamento. O exército pago fará o que for preciso para mostrar sua lealdade e colocar a pessoa no exercício do cargo de mandante do exército no pedestal mais alto que for possível. O alvo preferencial do exército mercenário são os combates do Estado, que podem ameaçar sua permanência. Ameaçam por fazerem o mesmo trabalho pela metade do preço em troca de pseudo segurança jurídica e porque são funcionários de carreira e não de ocasião e respondem nos seus CPFs, os mercenários não podem assinar nada, são como fantasmas. Tem muita gente no exército mercenário que já foi do Estado, e vice versa. Tem gente boa e ruim dos dois lados. Tem muito mercenário de bom coração, com vontade de fazer um bom trabalho, mas não mexa nos seus dinheiros e no seu poder. O exército mercenário foi criado por motivos muito válidos, em momentos em que foram necessários para que as coisas pudessem ser feitas. No entanto, o Estado já não é mais aquele, não querem fazer nada, não vai mais fazer nada, não precisa desse tanto de gente, mas para que o que tá lá no exercício do cargo possa se manter no pedestal e os mercenários tenham dívidas de gratidão ele os mantém. Os deixa na folha de pagamento para poder usá-los. Quando muda de governo, pode ver que tem caras novas no exército mercenário.
Histórias de uma terra longínqua, sem nenhuma ligação com a realidade brasileira #mito #utopia #ficcao
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